
Tem os olhos cheios de esperança...De uma cor que mais ninguém possui...Me traz meu passado e as lembranças...Coisas que eu quis ser e não fui...
Olha, você vive tão distante...Muito além do que eu posso ter...Eu que sempre fui tão inconstante...Te juro, meu amor, agora é pra valer!
Olha, vem comigo aonde eu for...Seja minha amante e meu amor...Vem seguir comigo o meu caminho...E viver a vida só de amor..." Roberto Carlos
Acordei com essa música na cabeça, mas com a versão que a Luiza, o Pedro e o Vini cantaram no Projeto Dona Flor.
Como todos sabem, ela já é bem antiga, acho que na melhor época do Roberto Carlos (Porque cá entre nós, essa música: Esse Cara Sou Eu! é um porre).
Porém só hoje eu fui prestar atenção na letra. Vivemos num mundo onde as pessoas romantizaram demais o amor e esqueceram que o Amor não é uma Ilusão e sim uma grande realidade. Para Amar acima de tudo é preciso aceitar/compreender os defeitos, aceitar os problemas que a pessoa carrega e estar ali não para resolve-los e sim para ajudar.
"E viver a vida só de amor." Pensamos que é fácil isso, né? Porque pensamos que Amar é igual aqueles bonequinhos de papeis de cartas antigos, que vinha um menininho e uma menininha pelados (diga-se de passagem) com o inicio da frase: "Amar é..." Que o Amor é bonitinho, que as pessoas andam por aí cheias de passarinhos e borboletas em volta...que a outra pessoa é perfeita, não arrota, não peida, não tem chulé, não vai ao banheiro e nem ao menos na vida teve um porre daqueles que vomitou em todos os cômodos da casa...Pra quem pensa isso sobre o Amor, desculpe decepcionar, ele não é assim...É bem difícil "Viver a vida só de Amor" porque o Amor é complicado, complexo, cheio de altos e baixos e requer muita paciência e jogo de cintura.
Deixo aqui um trecho que traduz o que estou sentindo sobre amor e que só depois o que eu vivi posso entender a minha maneira;
ResponderExcluir"...eu possa me dizer do amor:
Que não seja imortal, posto que é chama
Mas que seja infinito enquanto dure."
Vinicius de Moraes, "Antologia Poética", Editora do Autor, Rio de Janeiro, 1960, pág. 96.